Julieta
– Anne Fortier
Anne Fortier sem duvidas fez um
ótimo trabalho na produção desse livro incrível. De fato, a história de Romeu e
Julieta não é um mistério pra ninguém, todos já sabem o que acontece na famosa
tragédia shakespeariana. Porém, Anne Fortier conseguiu fazer com que a velha e
conhecida história tomasse um rumo novo e completamente surpreendente. Foi um
dos primeiros livros “grandes” que li (com suas 445 páginas). E confesso que nunca tive muita curiosidade
sobre Romeu e Julieta antes de ler este livro, mas a história de Julieta me cativou
de uma forma que pude sentir a curiosidade me tomar por inteira e me tornar uma
grande admiradora dessa tragédia amorosa. É um livro importante pra mim, mudou
minha visão de mundo em muitos aspectos. E as reviravoltas, as peças soltas que
se encaixam a cada página, esse quebra cabeça delicioso de ser solucionado é um
verdadeiro encanto.
“Julieta é um desses
romances raros aos quais não falta nada: narrativas paralelas bem amarradas,
intrigas, detalhes históricos, tudo num cenário de perigo iminente. Anne
Fortier Joga uma nova luz sobre uma das maiores histórias de amor do mundo”
A Sinopse
Julie Jacobs e sua irmã gêmea,
Janice, nasceram em Siena, na Itália, mas desde os 3 anos foram criadas nos
Estados Unidos por sua tia-avó Rose, que as adotou depois de seus pais morrerem
num acidente de carro. Passados mais de 20 anos, tia Rose vem a falecer e
transforma completamente a vida de Julie. Enquanto sua irmã arrogante herda a
casa da tia junto com todos os seus bens, para ela restam apenas uma carta e
uma revelação surpreendente: seu verdadeiro nome é Giulietta Tolomei.
Na carta também diz que sua mãe
havia descoberto um tesouro familiar, muito antigo e misterioso. Mesmo
acreditando que sua busca será inútil, Julie parte para Siena. Sua mãe havia
guardado em um cofre da família o que Julie acreditava ser o tesouro, porém
encontrou apenas um caderno com diversos esboços de uma única escultura, uma
antiga edição de Romeu e Julieta e o velho diário de um famoso pintor italiano,
Maestro Ambrogio. Não demora para que ela descubra que a sua caça ao tesouro
está apenas começando.
O diário conta uma história
trágica: Há mais de 600 anos, dois jovens amantes, Giulietta Tolomei e Romeo
Masrescotti, morreram vítimas do ódio irreconciliável entre os Tolomei e os
Salimbeni. Desde então, uma terrível maldição persegue essas duas famílias. E
levando-se em consideração a linhagem e o nome de batismo de Julie, ela
provavelmente é a próxima.
Tentando quebrar a maldição,
Julie começa a explorar a cidade e a se relacionar com os moradores de Siena.
Mas á medida que se aproxima da verdade, sua vida corre cada vez mais
perigo.
Intrigante, repleto de romance,
suspense e reviravoltas, Julieta – Livro de estreia de Anne Fortier – nos leva
a uma deliciosa viagem a duas Sienas: a de 1340 e a de hoje. É a história de
uma lenda de mais de 600 anos que atravessou os séculos e foi imortalizada por
Shakespeare. Mas é também a história de uma mulher moderna, que descobre suas
origens, sua identidade e um sentimento devastador e completamente novo para
ela: o amor.
Detalhes Marcantes
- 1. A capa:
As capas tem uma ligação confiável
com a trama, o que é um ponto positivo, já que muitas vezes somos iludidos por
edições cheias de fantasia, que aparentam uma coisa, mas na realidade pouco tem
a ver com a história. Sabe? É apenas uma aposta na estética pra garantir a
venda. Mas fiquem tranquilos em saber que não terão essa decepção com as
edições de Julieta.
E para encerrar o assunto “Capas”, na minha humilde opinião, a que mais encantou foi produzida pela Editora Planeta.
2. Os capítulos
Uma curiosidade sobre os capítulos de Julieta é que não são marcados
como estamos acostumados: Capítulo 1, Capítulo 2...
Eles são diferenciados por
trechos de Romeu e Julieta, que fazem referência a cada capítulo abordado. E a
troca de tempo/espaço entre a Siena de 1340 e os acontecimentos atuais também
fica bem explícita, indicada logo abaixo do título. As numerações nos capítulos
guiam muitos leitores, é bem mais fácil lembrar que parou no capítulo 3 do que
lembrar que parou em “Que é que há num nome? O que chamamos rosa teria o mesmo
cheiro com outro nome”, concordam? Pensando nisso, Anne não aboliu os números,
apenas os deixou mais discretos, em algarismos romanos. Particularmente, achei
uma ideia fantástica. Nos faz conhecer a história de Julie Jacobs e ao mesmo
tempo a da verdadeira Julieta, de Shakespeare.
3. Escrita
A riqueza de detalhes é bem observada em cada página do
livro. Tão bem detalhado que vez ou outra tira a atenção do leitor do
acontecimento da história, deixando-o preso aos detalhes vez ou outra. O lado
positivo disso é que este livro nos proporciona uma verdadeira viagem entre
dois mundos, o jeito como Anne Fortier descreve os lugares, as cenas, os
sentimentos... É como se nós estivéssemos ali, naquele momento, quase nos
tornando um personagem vivo na história. Me encantou muito a forma como ela
consegue alternar o tempo/espaço sem fazer com que o leitor fique confuso, é
preciso muito talento como escritora para chegar a esse nível.
4.
Considerações Finais
Então gente, espero que tenham gostado da resenha.
Vale muito a pena conhecer a história de Julieta e se deixar levar por ela. Um bom
livro é um mundo aberto aos prazeres da leitura.
Boa viagem, meus queridos.
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